Artigo de Marcello Alonso
A Cinofilia sempre foi minha paixão desde muito cedo, e a minha vida eu não consigo contar sem cães ao meu lado, especialmente os Boxer. Já fazem umas boas décadas que tenho e desenvolvo a raça Boxer, e minha avaliação sempre foi a mesma: “raça melhor só se for Boxer”. Os Boxers são muito ligados a nós; incansáveis e prestativos, são guardiões sem serem agressivos e descontrolados. São ativos, mas muito equilibrados. O dia a dia com a raça é cheio de histórias engraçadas para contar, principalmente enquanto são filhotes. Aqui em casa eu apresentei os Boxers aos meus filhos, e me lembro do dia que vi meu filho trocando a mamadeira pela ração do Poker, um cão que vivia conosco dentro de casa desde seus 60 dias de vida, lindo, perfeito, correto; um super cão. O gosto pela raça então foi impregnado e hoje, o meu filho com 17 anos, tem ao seu lado o Toddy, um molé-cão”, um Boxer que veio pra nós filho fruto de duas gerações da minha criação e lógico, não resisti e acabei cedendo à paixão pela retomada da criação dos Boxers.
Boxer é uma raça originária da Alemanha, com forte influência inglesa. O nome é devido ao fato destes cães utilizarem as patas dianteiras como apoio para qualquer ação de ataque ou abocanhamento, como se estivesse armando guarda com os braços assim como os boxeadores fazem. É tido como um verdadeiro guardião da família e por muitos anos foi considerado a melhor babá entre os cães, dado a sua energia e disposição em zelar pelas crianças. É um cão inteligente, facilmente adestrável e obediente. Adora estar perto de gente e se incomoda e sente muito quando é restringido o seu contato com pessoas. È um cão limpo, de pelagem aderente que compreende três cores oficiais: o branco, o tigrado e o dourado. O branco é cor, e não pode ser confundido com albinismo, pois tanto as mucosas, o nariz e as pálpebras são de cor preta, e é a primeira cor registrada da raça pelo Clube do Boxer alemão. A cor foi considerada não oficial para que a raça não fosse confundida com os antigos bulldogues, optando-se pelo desenvolvimento do tom de dourado e do tigrado.
São fáceis de manejo e saudáveis. No Brasil a raça é criada desde a década de 1970. Atualmente se desenvolve o tipo físico europeu e o tipo físico americano, porém nenhum dos dois tipos são exclusivamente eurupeu o americano, é muito comum a mistura dos dois tipos nos cães brasileiros, o que trouxe uma característica muito peculiar ao Boxer brasileiro. Os exemplares trazidos diretamente da América do Norte, são em geral, livres de sangue europeu, já nos cães trazidos da Europa, não é incomum encontrar cães de origem americana na linhagem europeia.
Antes de adquirir um Boxer, conheça o criador, suas percepções sobre a raça e selecione sempre, para qualquer aquisição de um cão, independente da raça, criadores que desenvolvem e são preocupados com a raça que criam, sua preservação e seu padrão; não caiam na tentação de tipos exóticos, estes em geral possuem aparência mas não são raça pura, e nem sempre parecer um Boxer é ser um cão da raça Boxer. Não há na história da raça Boxer preto, por exemplo, nem azul e nem Isabela (cor com o tom de um beginho azulado). Portanto, leiam sempre o padrão oficial e procurem adquirir cães que possuam as características previstas no Padrão oficial da raça; selecione criadores que praticam cinofilia, são credenciados em instituições sérias de cinofilia (Kennel Clube) e possuam cães com genealogia compravada em pedigree.